Os advogados de João Teixeira de Faria, conhecido como 'João de Deus', fizeram 2º pedido à Justiça para prorrogação do prazo de internação do médium por tempo indeterminado, em Goiânia.
A solicitação está no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para análise desde terça-feira (30).
João de Deus foi preso em dezembro do ano passado e é réu em casos de abusos sexuais, mas, sempre negou os crimes.
A assessoria do Instituto Neurológico de Goiânia informou que "em respeito ao sigilo médico, que é um direito do paciente, o hospital não informa o estado de saúde dele".
Ele está internado desde o dia 22 de março.
Um dos advogados do mesmo, Alex Neder informou, por telefone, que seu cliente não consegue mais andar sozinho, nem comer por conta própria - está sendo alimentado por meio de sonda.
Ainda de acordo com ele, o cliente saiu de 144 kg, antes de ser preso, para 68 kg agora no hospital.
"Essa perda de peso tão rápido nos preocupa muito. Pela idade, pode abrir portas para uma série de outras coisas. Não temos um diagnóstico ainda, mas vemos que ele está muito deprimido e confuso. Ele fala e não conseguirmos entendê-lo mais", explicou.
A transferência para o hospital foi motivada por um laudo emitido por Las Casas Júnior no qual constava que João de Deus tinha um aneurisma no abdômen.
O cardiologista salientou que, em caso de rompimento, o médium corria risco de morrer.
Durante o período de sua internação, João de Deus é monitorado o tempo todo por uma escolta policial.
O hospital informou que ele só pode ser atendido por médicas e enfermeiras se elas estiverem acompanhadas.
O STJ já tinha atendido ao 1º pedido da defesa de que prorrogasse a internação do paciente por mais dez dias além do prazo determinado inicialmente, que era de 30 dias.
Pedidos de habeas corpus
A defesa de João de Deus vem tentando a soltura dele ou a transferência para prisão domiciliar.
O médium teve habeas corpus negado em caráter liminar no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) e Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A corte especial do TJ-GO concedeu habeas corpus ao médium na denúncia por coação de testemunhas, mas ele não foi liberado porque tem outros dois mandados de prisão contra ele.
O mesmo foi concedido ao filho dele, Sandro Teixeira, que responde à mesma acusação e foi solto.
Ações na Justiça
João de Deus já virou réu três vezes por violação sexual e estupro de vulnerável.
A mulher dele, Ana Keyla Teixeira, também foi denunciada no crime envolvendo os armamentos, e o filho, Sandro Teixeira, por intimidação das testemunhas.
Fonte: G1 Goiás (com adaptações)